Grupo criminoso aplicava golpes na internet; Carangola teve registros


      Nesta última  terça-feira (26), a Polícia Civil de Minas Gerais desencadeou a “Operação Irmandade”, em Muriaé, onde foram cumpridos cinco mandados judiciais de prisão temporária e três mandados judiciais de busca e apreensão domiciliar.
     As prisões ocorreram em virtude de investigações da Delegacia de Defraudações, da 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Muriaé, que culminaram na identificação de integrantes de uma associação criminosa especializada em cometer fraudes na rede mundial de computadores (internet), por meio de negociações realizadas no sítio de relacionamento “Facebook”. Além disso, em meio às diligências, também foi cumprido um mandado de prisão em desfavor de um jovem de 21 anos, pela prática do crime de roubo. 
     Durante a ação, foram presos o suspeito de ser o líder da associação, Isauri Freitas da Silva, 34 anos, e as duas irmãs do investigado, Lorena Freitas da Silva, 21 anos, e Daniele Freitas da Silva, 29 anos, suspeitas de realizarem movimentações financeiras e a captação de vítimas. Também foi realizada a prisão da ex-companheira de Isauri, Roseleni Tomaz da Costa, de 40 anos, e de Marcus Vinícius da Cunha Raimundo, 25 anos, companheiro de Daniele, suspeito de ser o responsável pela movimentação financeira, conforme a investigação. 
    De acordo com informações do Delegado Fábio Correia do Nascimento, no imóvel do suspeito de ser o chefe do grupo criminoso, estava outro envolvido, identificado como Junio Marcos Santana Leroy, de 21 anos, oriundo da cidade de Belo Horizonte. Havia um mandado de prisão em desfavor dele, pela prática de roubo, mas o jovem também estava sendo alvo das investigações. “Cabe ressaltar que, em um dos imóveis alvos, ainda foram localizados crack, maconha e como criar uma loja objetos destinados a sua comercialização. Fato esse que culminou na lavratura do auto de prisão em flagrante delito em face de Daniele Freitas da Silva e de Marcus Vinícius da Cunha Raimundo, pelo crime de tráfico de drogas”, informou, explicando que, nos imóveis, foram recolhidos objetos de interesse investigativo. 


        Segundo a autoridade policial, “as práticas fraudatórias se perfazem com a colocação de produtos à venda na página, principalmente aparelhos eletrônicos, entre eles, aparelhos de telefonia celular e de captação de sinal de TV fechada. As vítimas, ludibriadas, após manifestarem interesse na aquisição dos falsos objetos, depositavam os valores nas contas bancárias utilizadas pelo grupo, no entanto, os produtos não eram entregues e, posteriormente, eram quebrados os canais de contato”, explicou a autoridade policial. Apurações indicam que também foram feitas publicações de imóveis para aluguel em praias do litoral brasileiro. “Tratando-se de mais um golpe, já que são anúncios falsos e, tão logo que recebem os valores das vítimas, desaparecem”, disse. 

          Investigações apontam que, em muitas ocasiões, Isauri utilizava das próprias contas bancárias para receber o dinheiro das vítimas. “O mencionado golpe fez grande quantidade de vítimas na Zona da Mata mineira, sendo levantado, até o momento, mais de 30 Registros de Eventos de Defesa Social (REDS), feitos nos municípios de Juiz de Fora, Muriaé, Ubá, Viçosa, Carangola, Cataguases, Espera Feliz, entre outros”, ressaltou o Delegado, complementando que outras possíveis vítimas podem entrar em contato com a Delegacia Regional de Muriaé, por meio do telefone (32) 3722 – 2777 ou fazer denúncia por meio do serviço Disque-Denúncia (181). 
    As apurações seguem em andamento e são coordenadas pelo Delegado Fábio Correia do Nascimento, junto com os investigadores Lidiani Medeiros Furtado Alves e Thiago Dutra. A operação contou com o apoio dos investigadores da 4ª Delegacia Regional de Muriaé. 

ASCOM/ PCMG